Ouvi em dezembro alguns agentes reclamarem de que o Santos estava inflacionando o mercado. Diziam que não dava para competir com as ofertas feitas pelo Peixe. Foi assim com clubes estrangeiros que tentavam contratar Charles, por exemplo. A disputa com o São Paulo por Ricardo Oliveira também ilustra a situação, apesar de não ter dado certo, ao menos por enquanto. O Santos ofereceu 3 milhões de euros por ano, salário atual do atacante. O São Paulo pagava um milhão de euros a menos a ele. De onde vem tanto dinheiro? A diretoria do Santos diz que vem principalmente da venda de fatias de jogadores para a Teisa, empresa formada por conselheiros e consultores da presidência. Vem também dos novos contratos de patrocínio, feitos com valores muito maiores do que os conseguidos pela administração anterior. Mas não é só isso. Segundo cartolas da FPF (Federação Paulista de Futebol), no ano passado o Santos usou as cotas de transmissão do campeonato estadual a que teria direito até 2015 para levantar um empréstimo de R$ 10 milhões. Na verdade, levantou R$ 9,5 milhões em três parcelas, pois R$ 500 mil foram para pagar juros. Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do Santos afirmou que a diretoria não comentaria o assunto. Palmeiras e São Paulo fizeram operações semelhantes também em 2010. O curioso é que durante a campanha eleitoral, aliados do atual presidente santista, Luís Álvaro, criticavam as antecipações de cotas feitas por seu antecessor, Marcelo Teixeira.
*Fonte: Blog do Perrone

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